Autoridades da Palestina e de Israel se manifestam sobre reconhecimento da França e de outros países europeus
23/09/2025
(Foto: Reprodução) Autoridades da Palestina e de Israel reagem a reconhecimento da França e de outros países europeus
Autoridades da Palestina e de Israel se manifestaram sobre o reconhecimento da França e de outros países europeus.
A missão palestina na ONU chamou de "o dia mais importante para eles na história das Nações Unidas."
Na chegada, o embaixador palestino não segurou a emoção.
"É histórico!", disse Riyad Mansour. "Reconhecer o Estado da Palestina é fazer um investimento na paz."
Na Assembleia Geral, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, não tenha podido participar presencialmente este ano. O governo americano negou o visto dele.
Por vídeo, Abbas disse: "Este é o dia do Estado da Palestina." Ele afirmou que as próximas gerações de palestinos e israelenses merecem viver em paz e segurança e condenou as ações do grupo terrorista Hamas em 7 de outubro de 2023. Disse que o Hamas não tem lugar num futuro governo e exigiu que o grupo terrorista e outras facções entreguem as armas para a Autoridade Palestina. O presidente também condenou as ações de Israel contra civis na Faixa de Gaza e os assentamentos israelenses na Cisjordânia.
Nos jardins da ONU, um dia depois de também reconhecer oficialmente o Estado da Palestina, o presidente de Portugal comentou a decisão.
"A razão pela qual esta decisão foi tomada, foi o facto de ter havido uma aceleração nos últimos anos e meses, no sentido da corrida para o abismo. E o abismo era não deixar haver espaço para a criação de dois estados", disse o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.
A expectativa era grande para o evento organizado pela França para discutir a solução de dois estados. Minutos antes do evento começar, o embaixador de Israel para a ONU foi conversar com os jornalistas. O embaixador Danny Danon disse que a conferência era um "teatro de gestos vazios" e afirmou que enquanto os líderes se reuniam na ONU, quase 50 reféns israelenses continuavam em poder dos terroristas do Hamas. O embaixador disse que Israel vai continuar a guerra até trazer todos os sequestrados de volta. Declarou ainda que o país está disposto a negociar um cessar-fogo e que qualquer acordo precisa garantir que o Hamas não controle mais Gaza ao final da guerra.
No domingo (21), o primeiro-ministro de Israel já tinha declarado que reconhecer o Estado Palestino é dar uma recompensa aos terroristas. Benjamin Netanyahu disse: "Não haverá um Estado palestino."
Nesta segunda-feira (22), as cadeiras reservadas às missões de Israel e dos Estados Unidos ficaram vazias na reunião convocada pela França. Em Washington, a porta-voz de Donald Trump disse que o presidente discorda da decisão dos países europeus de reconhecer o Estado da Palestina e que ele falará mais sobre isso quando discursar na ONU nesta terça-feira (22).
Autoridades da Palestina e de Israel se manifestam sobre reconhecimento da França e de outros países europeus
Reprodução/TV Globo